Protesto unificado deve marcar visita de Dilma a Porto Alegre

Os bancários em greve no Rio Grande do Sul vão aproveitar a visita da presidente Dilma Rousseff a Porto Alegre para protestar, na sexta-feira. De acordo com o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e região, o trabalhadores farão uma concentração, às 9h, na Praça da Alfândega, entre as agências centrais do Banrisul e da Caixa Econômica Federal. Em seguida, o grupo sai em caminhada até a frente da Assembleia Legislativa, para uma manifestação na Praça da Matriz.

A expectativa do sindicato é que mais de mil pessoas participem do ato. A intenção é entregar um documento com as reinvindicações da categoria à presidente Dilma, que vai se encontrar com lideranças gaúchas no Parlamento.

Outra categoria de servidores que deve participar do prostesto é a dos trabalhadores do judiciário federal no Rio Grande do Sul, que decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira.

A Brigada Militar ainda não recebeu o cronograma da visita da chefe de Estado à Capital. O comandante do Comando de Policiamento da Capital, coronel Atamar Cabreira, espera o documento para definir o número de homens a serem destacados para evitar qualquer tumulto.

Na tarde desta quarta-feira, os bancários fizeram uma manifestação no Parque da Redenção.

Em todo o País, a greve, que completou hoje 15 dias, prejudicou ontem o atendimento em mais de 9 mil agências. Os bancários exigem 12,8% de reajuste, mas os bancos oferecem 8%. No Rio Grande do Sul, a Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras (Fetrafi-RS) informou que, dos 1.564 bancos públicos ou privados, 918 foram afetados, de forma parcial ou total, em função da greve da categoria, nessa terça-feira. O total equivale a quase 60% das unidades.

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) convidou, nesta quarta-feira, o coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, para uma reunião de negociação às 16h desta quinta-feira, para tentar acabar com a greve da categoria, iniciada em 27 de setembro e que mantém mais de 9 mil agências bancárias fechadas em todo o Brasil.