Sindicato pede reforço na fiscalização depois de vigia ser preso sem porte de arma na Capital


O Sindivigilantes do Sul criticou, nessa tarde, a falta de fiscalização sobre os vigias que atuam como autônomos nas ruas de Porto Alegre. De acordo com o diretor da entidade, Ramiro Antônio Coin, a falta de um orgão específico acaba difundindo a prática na cidade. Na noite de terça-feira, um vigia armado, mas sem o porte legal registrado, atirou contra um suspeito de tentar assaltar uma mulher que chegava em casa, na rua Ítalo Brutto, no bairro Espírito Santo. A Brigada Militar prendeu o homem, de 43 anos, por disparo em via pública. O vigilante acabou sendo solto, um dia depois, e vai responder ao processo em liberdade. O ladrão baleado foi encaminhado ao Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre (HPS), onde permanece internado em estado grave.

Hoje, cabe ao Grupo Vigilância-Guarda da Brigada Militar fiscalizar as empresas de vigilância e segurança que não usam armas de fogo. Já as companhias de vigilância armada ficam sob a fiscalização da Polícia Federal, que emite os alvarás de funcionamento.

Coin reforçou que a livre prática do serviço de vigilância autônoma é um risco para a comunidade, alegando que casos como o ocorrido ontem podem se tornar mais frequentes. O Sindivigilantes do Sul ainda alertou que parte dos vigias que trabalham como autônomos possuem antecedentes criminais e podem até servir de informantes para o crime organizado.

O vigilante que atirou contra o assaltante pode, além de ser acusado por tentativa de homicídio, responder por exercício ilegal da profissão.

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