Defesa de homem que atropelou ciclistas na Capital pretende desqualificar inquérito criminal


A defesa do servidor público do Banco Central Ricardo Neis, acusado de atropelar um grupo de ciclistas, em Porto Alegre pretende desqualificar o inquérito criminal que tramita contra ele na Justiça do Rio Grande do Sul. Conforme o advogado Marco Mejia, apesar de Neis ter sido denunciado pelo Ministério Público por 17 tentativas de homicídio triplamente qualificado, apenas seis pessoas foram submetidas a exame de corpo de delito. Todas, segundo os defensores, apenas com lesões leves. A intenção do advogado é comprovar que o atropelador foi coagido e agredido pelos ciclistas e, preocupado em proteger seu filho, acabou acelerando o carro e fugindo.

Testemunhas de defesa já foram convocadas pelos advogados para tentar comprovar a tese de que os ciclistas incitaram Neis a tomar a atitude. Entre elas, um cadeirante supostamente agredido por ciclistas em uma das passeatas do Massa Crítica. No final desta tarde, integrantes do grupo farão um protesto saindo do Largo Zumbi dos Palmares, na Capital, até o Palácio da Justiça. A manifestação vem sendo agendado através das redes sociais na internet. Na página do Massa Crítica no Facebook, há um pedido por justiça contra a libertação do servidor do Banco Central, que deixou o Presídio Central ainda na sexta-feira. A decisão foi da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça gaúcho. O Ministério Público recorre da medida no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A prisão de Neis foi autorizada em 2 de março. Ele ficou nove dias internado no Hospital Psiquiátrico Parque Belém, na Capital, e no dia 11 foi transferido para o Presídio Central. Ele é acusado de ferir dezenas de ciclistas, após jogar o automóvel contra os ciclistas, na Cidade Baixa, em 25 de fevereiro. Na ocasião, o delegado responsável pelo caso, Gilberto Montenegro, chegou a declarar que o acusado utilizou o carro como uma arma.

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