Biólogos finalizam retirada da ossada da baleia jubarte

Um grupo de biólogos finalizou, nesta tarde, a retirada da ossada da baleia jubarte, em Capão Novo, no Litoral Norte. De acordo com o biólogo do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos da Ufrgs (Ceclimar), Maurício Tavares, os ossos do animal terão de passar por diversos processos antes da montagem do esqueleto para exibição pública no museu do Ceclimar, em Imbé.

O material vai passar por uma limpeza profunda, especialmente para retirar a gordura das nadadeiras, do crânio e da cauda. Tavares ressaltou que o trabalho deve durar meses até a retirada de todo o tecido adiposo alojado nos ossos da baleia. "Em geral este é um processo demorado, pois é preciso retirar toda a gordura do animal. Também utilizaremos técnicas trazidas de museus americanos para montar o esqueleto".

De acordo com uma análise preliminar, o animal morreu pelas consequências do encalhe. A causa provável foi a necrose de órgãos e tecidos ocasionada pela falta de oxigenação das células, além da compressão dos aparelhos internos pelo peso do cetáceo. Porém, o resultado final depende ainda dos exames sobre as amostras, que ocorrerão em diversos laboratórios.

A baleia jubarte que encalhou duas vezes, desde domingo passado, entre os balneários de Capão Novo e Arroio Teixeira, morreu na quinta-feira. A Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fepam) realizou o enterro do restante do corpo do cetáceo, em uma área a cerca de 300 metros de onde encalhou o animal, na altura do Posto 7, em Capão Novo.

BM coíbe tentativa de roubo da carne no fim de semana
No fim de semana, a Brigada Militar registrou uma tentativa de furto da carne do mamífero. Conforme o major Nélio Tedesco, o crime aconteceu na madrugada de sexta-feira para sábado. “Pessoas chegaram em uma camioneta Pampa e tentaram carregar parte da carne que estava sobre a areia, mas uma guarnição se aproximou e rechaçou a tentativa”, informou o comandante do 1º Batalhão Ambiental no Litoral Norte.