Os Beatles estão no streaming. E agora??


Neste final de 2015 a grande notícia para o mundo da música foi a disponibilização de boa (e a melhor) parte do acervo dos Beatles nos principais serviços de streaming como Deezer, Spotify, Apple Music, Google Play Music, Microsoft Groove, Amazon Prime e Tidal. Após uma longa batalha legal pelos direitos de reprodução da obra completa do quarteto de Liverpool, a novidade chega como um verdadeiro presente de natal.

O fato de uma das maiores (para alguns, a maior) bandas do mundo estrear neste tipo de serviço pode ser histórico. Os Beatles já mudaram a forma de como o mundo ouve música, quando pararam de fazer shows e se dedicaram apenas as gravações em estúdio. Na época, o equipamento de som era tão precário que impossibilitava uma apresentação ao vivo do quarteto. O fim da linha foi no dia 29 de agosto de 1966, em San Francisco, na Califórnia. Este foi o último show oficial dos Beatles. Durantes as turnês era comum a seguinte cena: Paul Mccartney, George Harrison e John Lennon viraram para o baterista Ringo Starr e gritavam, "Agora vamos tocar essa música". E Ringo respondia: "essa nós já tocamos". A histeria e o grito dos fãs eram mais barulhentos que a música e isso os irritava muito.

Agora, a obra do grupo disponibilizada é um marco de consolidação do presente/futuro próximo da industria musical: o streaming. O CD praticamente está morto. O Vinil sobrevive de pequenos guetos de colecionadores. Já o MP3, aos poucos vai perdendo espaço para os serviços similares ao Deezer e o Spotify. Estas plataformas cobram preços de assinaturas, mas também possuem a opção grátis que vem com menos benefícios. Agora esta tecnologia, com o reforço dos Beatles, tem tudo para se popularizar cada vez mais, ser o futuro da industria musical e mudar definitivamente a maneira como as pessoas consomem música no mundo. Pelo menos até a próxima revolução.

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