O dia em que fomos uma potência olímpica

O dia 28 de julho de 2012 foi histórico para o esporte brasileiro. Não apenas por ser o segundo dia de competições nos jogos olímpicos de Londres, mas porque com uma medalha de ouro, uma de prata e uma de bronze conquistadas no mesmo dia o Brasil ficou em primeiro lugar no quadro de medalhas. Por um instante, um pequeno momento de glória, a patria de chuteiras foi uma potência olímpica deixando para trás China, Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, etc.
Graças ao ouro de Sarah Menezes e ao bronze de Felipe Kitadai, ambos no judô, categoria ligeiro, o Brasil chegou a liderar o quadro de medalhas no início da tarde, por cerca de uma hora. Logo depois a China assumiu a liderança do quadro. Com a prata de Thiago Pereira na natação, à tarde, o Brasil subiu novamente no quadro, ficando em segundo lugar temporariamente. No fim do dia, terminou em quarto, empatado com a Coreia do Sul.
O glorioso Cômite Oímpico Brasileiro (COB) considerou os 15 minutos de vitória como uma suprema melhora do esporte brasileiro. A verdade é que mesmo sendo um país de dimensões continentais, o investimento em modalidades esportivas olímpicas é muito baixo e o resultados máscarados por conquistas dos esportes coletivos, como o vôlei e o futebol. Não há um política pública consistente por parte do governo para apoiar atletas e, mais importante, formar futuros campeões.
Finalizados os jogos, tivemos nosso melhor desempenho como país: 17 medalhas (três de ouro, cinco de prata e nove de bronze) e o 22º lugar no quadro geral de medalhas. Para 2016, quando a olimpíada será no Rio de Janeiro, a expectativa é ficar entre os 10 primeiros colocados. Porém, o cenário não é nada animador para daqui a quatro anos. O jeito é ficar com imagem daquele momento em que fomos uma verdadeira potência olímpica.

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