Mulher perde o filho e morre após aguardar mais de 12 horas por leito no Vale do Taquari

Uma gestante morreu, em 22 de outubro, após esperar mais de 12 horas por um leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), no Vale do Taquari. O caso foi registrado em Arvorezinha, um município de cerca de 10 mil habitantes, e só veio à tona nesta semana. Tagiane Lima Scheffer, de 30 anos, foi internada ao se sentir mal, horas depois de participar de uma festa. Submetida a uma cirurgia no hospital de Arvorezinha, ela perdeu o bebê. Tagiane era portadora da Síndrome de Hellp, uma complicação que, se não tratada, pode levar à morte.

Segundo o prefeito de Arvorezinha, José Odair Scorssatto, por cerca de 12 horas, o hospital procurou, em todo o Estado, um leito para a paciente. Uma vaga chegou a ser encontrada em Bagé, mas a equipe avaliou que Tagiane não tinha forças para resistir à viagem, de cerca de 500 quilômetros. A mulher conseguiu ser levada para o Hospital da Ulbra, em Canoas, mas não resistiu à falta de tratamento imediato. O prefeito lamentou a falta de leitos em hospitais da região e confirmou que a família da gestante ficou abalada com a situação.

Outro caso semelhante foi registrado na semana passada, onde a gestante Elisiane San Martin, de 34 anos, grávida de gêmeos, percorreu mais de 500 quilômetros, de Santa Vitória do Palmar a Novo Hamburgo, para conseguir uma Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal e dar à luz dois filhos gêmeos.

Colaborou o repórter Jonatan Palla, da Rádio Soledade.

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