Pelo menos 12 pessoas já relataram ter tomado achocolatado adulterado no RS


A comercialização do achocolatado Toddynho em caixas de 200ml, armazenadas na Central de Distribuição em Porto Alegre, foi suspensa, nesta sexta-feira, pela Coordenação de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A medida decorre de relatos de queimaduras na boca e no esôfago de crianças e adultos que consumiram o produto, fabricado pela empresa Pepsico do Brasil Ltda. Nas últimas horas, o número de notificações já recebidas pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) subiu de quatro para 12 em cinco cidades da região Metropolitana e do Norte gaúcho: Porto Alegre (4), Gravataí (4), Canoas (1), Sâo Leopoldo (1), Passo Fundo (1) e Erechim (1).

Um dos casos relatados foi o da neta do comerciante Neimaia Castro Thomaz, proprietário de um mercado, na zona Sul de Porto Alegre. A menina Maria Eduarda Thomaz Pereira, de 10 anos, bebeu o achocolatado, ontem à tarde, e foi parar no hospital. Segundo o avô, a criança começou a chorar e a gritar assim que entrou em contato com o produto.

A garota foi atendida no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS) e passa bem. Thomaz contou que o líquido que saiu da embalagem do achocolatado era quase transparente e semelhante a um produto químico. Neimaia também sofreu queimadura ao derramar na mão uma amostra do produto.

Segundo o comerciante, pelo menos metade do lote de 80 unidades do achocolatado Toddynho, que provoca queimaduras em quem consome, pode ainda estar sendo comercializado na região Metropolitana. A empresa Pepsico do Brasil Ltda ainda tenta encontrar mais de 40 produtos do mesmo lote com a alteração, segundo o relato recebido pelo comerciante de um representante da empresa. Os estabelecimentos comerciais seguem sendo vistoriados para que seja feita a retirada das unidades à venda.

Amostras dos lotes, de números 43206:08 e 43206:09, com vencimento em fevereiro de 2012, apresentaram PH considerado alto para um alimento e começaram a ser analisadas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). O Cevs emitiu um alerta às autoridades sanitárias regionais e municipais do Rio Grande do Sul pedindo a interdição cautelar de todos os lotes do produto. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também já foi comunicada. Um alerta epidemiológico foi emitido para as Coordenadorias Regionais de Saúde e o Centro de Informações Toxicológicas. O disque-vigilância 150 está disponível para que a população encaminhe o relato de casos similares.

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