Paralisação de 48 horas restringe atendimento a casos graves a partir desta quarta na Polícia Civil


A paralisação de escrivães, inspetores e investigadores da Polícia Civil gaúcha vai restringir os serviços a casos graves, por 48 horas, a partir desta quarta-feira. Ficarão suspensas, até quinta-feira, as investigações criminais, as tomada de depoimento, os registros de ocorrências e a atuação dos policiais em operações. Serão mantidos os registros de homicídio, estupro e crimes que tenham como vítimas crianças, adolescentes e idosos.

O protesto ocorre depois que o governo gaúcho deu por encerrada a etapa de negociações com parte das categorias da Segurança Pública. Conforme o presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm), a proposta apresentada pelo governo, de 10% a 13% de aumento para os agentes de primeira à quarta classe, com base em um reajuste de R$ 91 no vencimento básico, desagradou a categoria. Isaac Ortiz reforçou que a Ugeirm, que responde por mais de 90% dos policiais civis, pede 25% de reposição salarial.

Ontem, os cerca de 1,1 mil filiados ao Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (Servipol) aceitou a proposta de reajuste e desistiu de aderir à paralisação. Já os delegados de polícia entregaram, ontem, uma carta de reivindicações ao governador Tarso Genro exigindo a equiparação do salário aos vencimentos dos procuradores do Estado, medida que já teve a concordância do Supremo Tribunal Federal.

Outra categoria que deve se manifestar sobre o reajuste é a dos agentes penitenciários. Um encontro entre a Associação dos Monitores e Agentes Penitenciários do Rio Grande do Sul (Amapergs Sindicato). A perspectiva é de que os servidores oficializem, nos próximos dias, à Casa Civil, ter aceitado um reajuste linear de 10,21%.

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