A três anos da Copa, sindicato estima que só cinco taxistas saibam falar outra língua na Capital


O Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi) estima que dos 10,5 mil condutores da Capital, apenas cinco possuam curso de língua estrangeira. De acordo com a entidade, nunca foi exigido dos taxistas um curso em inglês ou espanhol para trabalhar na cidade. Para retirar a licença, o motorista deve passar por três cursos de qualificação, nenhum deles envolvendo o aprendizado de idiomas.

O alto custo das aulas e questões culturais, como a resistência de parte dos profissionais em estudar, foram apontados pelo sindicato como os principais motivos para a falta de procura pela qualificação. Em eventos internacionais, como o Fórum Social Mundial, as centrais de radiotáxi precisaram contratar intérpretes para auxiliar os taxistas a se comunicar com os passageiros. O sindicato informou, porém, que os motoristas nunca deixaram de atender o turista estrangeiro, que geralmente porta um cartão do hotel ou do local para onde quer ir.

Visando a Copa de 2014, o Sintáxi espera firmar convênios com instituições federais, estaduais e municipais para que mais cursos de língua estrangeira sejam oferecidos aos associados. Ainda assim, o sindicato descartou qualificar os mais de 10 mil taxistas até o Mundial.

Na tarde desta terça, a Secretaria Municipal de Turismo e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte assinaram a ampliação de um convênio para a qualificação de taxistas no atendimento a turistas na Capital. Os condutores receberão noções básicas sobre as atrações turísticas da cidade. A Secretaria também deve distribuir, neste ano, 10 mil guias básicos de línguas, nas versões inglês e espanhol, a entidades de transporte urbano.

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