Expulso do PT vereador que presidia Comissão de Impeachment contra a prefeita de Gravataí

O diretório do Partido dos Trabalhadores de Gravataí decidiu expulsar do quadro o vereador Márcio Souza, que preside a Comissão de Impeachment contra a prefeita Rita Sanco, do mesmo partido. De acordo com o presidente municipal do PT, Carlito Nicolait, o vereador já respondia a diversos processos na Comissão de Ética da legenda, por infidadelidade partidária, tendo apoiado, inclusive, candidatos da oposição à prefeita Rita Sanco nas eleições de 2008.

A decisão do PT gravataiense já foi comunicada e aceita pelo diretório estadual do partido. O prazo é de dez dias para que Souza recorra da decisão e apresentar defesa. Procurador pela reportagem, ele não quis se manifestar.

Mesmo pertencendo à base aliada de Rita Sanco, Souza votou a favor da cassação e assumiu a presidência da Comissão de Impeachment, expondo a público o racha interno entre os grupos ligados ao ex-prefeito Sérgio Stasinski e ao deputado estadual Daniel Bordignon, impedido pela Justiça Eleitoral de disputar a Prefeitura em 2008.

Durante a tarde, o Partido Verde entregou ao Ministério Público um novo lote de denúncias contra a Prefeitura de Gravataí. Além da prefeita Rita Sanco, os alvos foram o vice Cristiano Kingeski (PT) e o deputado Bordignon (PT), de quem Rita era candidata a vice. Com o impedimento, a petista assumiu a liderança da campanha e venceu a eleição.

A prefeita é acusada, no segundo lote de denúncias, de utilizar a máquina pública para promoção da imagem pessoal, e de usar funcionários em Cargos em Comissão para distribuir panfletos na cidade em defesa da atual gestão. Contra Kingeski, a acusação é de enriquecimento ilícito, devido a um suposto aumento patrimonial considerado desproporcional pelo PV. Parte dos secretários municipais também foi acusada de nepotismo. Já Bordignon é alvo de suspeitas de desperdício de R$ 4 milhões em dinheiro públicos, a partir de contratos e demissões indevidos. O PV quer que os envolvidos sejam afastados até que a investigação termine.

Nas primeiras denúncias, o PV acusou Rita Sanco de ter contratado o sócio da filha como procurador-geral do município e firmado contratos com a CEEE, RGE e Corsan dando como garantia o ICMS a ser recolhido, o que, para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), é proibido. Conforme a assessoria de imprensa de Gravataí, Rita Sanco não pretende se manifestar até que as denúncias sejam investigadas formalmente.

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