Já faltam automóveis importados da Argentina nas concessionárias gaúchas


O Sindicato Intermunicipal dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Rio Grande do Sul (Sincodiv) garantiu, na tarde desta quinta-feira, que as empresas gaúchas já registram prejuízo em função do impasse comercial entre os setores alimentício, do Brasil, e automotivo, da Argentina. Parte dos modelos está em falta nas revendas, já que os veículos importados da Argentina abastecem cerca de 20% do mercado brasileiro.

De acordo com o presidente do Sincodiv, Hugo Pinto Ribeiro, as mais prejudicadas, desde o início da crise, foram as revendedoras das marcas General Motors, Toyota, Honda, Volkswagem e Renault. Ele confirmou que já faltam modelos da caminhonete Toyota Hilux e do Chevrolet Agile. Os empresários do setor esperam as negociações entre os dois países para o fim do impasse.

Nesta quinta, depois de quase duas horas de reunião, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e a ministra da Indústria da Argentina, Débora Giorgi, firmaram compromisso de cumprir o prazo estabelecido pela Organização Mundial do Comércio (OMC) de liberar a entrada de produtos importados em, no máximo, 60 dias. No entanto, na prática, não há garantia de que os prazos serão cumpridos. O acordo foi considerado, apenas, um ato de boa vontade entre os dois países. Ao final da reunião, os dois ministros negaram que Brasil e Argentina estejam travando uma “guerra comercial”.

Na terça-feira, mil carros Agile foram liberados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, no Porto de Rio Grande. A saída de todos os caminhões-cegonha carregados só deve terminar no início desta noite. Para amanhã, está prevista a chegada de 2,7 mil novos carros Ágile. A quantidade de veículos aguardando a guia de importação, no pátio automotivo do Porto, deve ultrapassar os 6,5 mil.

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