Audiência judicial é suspensa depois de bate-boca entre promotor e advogado no Vale do Taquari
A juíza Cristina Nozari Garcia, do Fórum de Lajeado, no Vale do Taquari, suspendeu a sessão, na tarde dessa quarta-feira, depois de um bate-boca entre a promotoria e a defesa de um réu. O advogado Marco Mejía e o promotor de Justiça Éderson Maia Vieira quase trocaram socos em meio a uma audiência relativa a um caso de homicídio, ocorrido em janeiro. Os jurados se negaram a continuar a sessão. A magistrada entendeu como inviável prosseguir o julgamento, e remarcou a data.
No banco dos réus, estava Jair Rogério Brandt, acusado de ter matado a facadas Jason Fernando Purper, de 18 anos, durante uma briga no km 3 da RSC-413, no bairro São Bento, em Lajeado. Brandt está detido no Presídio Estadual de Lajeado, desde a época do crime. O advogado Marco Mejía é o mesmo que defende o funcionário do Banco Central, Ricardo Neis, acusado de ter atropelado um grupo de ciclistas, em fevereiro deste ano, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. Ele responde, em liberdade, processo por 17 tentativas de homicídio.
Na semana passada, um caso similar ocorreu na Capítal. Uma discussão na 1ª Vara do Júri do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul levou a defensora pública do Estado Tatiana Boeira a pedir voz de prisão para o promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim, alegando desacato à juíza Rosane Michels, que presidia a sessão, no Foro Central. Depois do ocorrido, Amorim revelou que pretende se afastar da Vara do Júri e lamentou que hoje quem menos dê trabalho ao Ministério Público sejam os bandidos.
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