Operação-padrão já deixa parados quase três mil projetos de construção civil na Capital


O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon) revelou, nessa tarde, que quase três mil projetos seguem parados devido à operação-padrão deflagrada em 18 de abril pelos técnicos-científicos da Prefeitura de Porto Alegre. O protesto, batizado de "Liberação Zero", abrange engenheiros, arquitetos, agrônomos, geógrafos e geólogos concursados, sem vinculação com o Sindicato dos Municipários, que encerrou nessa segunda-feira uma greve de sete dias.

De acordo com o presidente do Sinduscon, Paulo Vanzetto Garcia, os 43 dias de operação-padrão atrasaram as liberações de aval para o início das obras projetadas e do habite-se para empreendimentos já concluídos e vistoriados pela prefeitura. Garcia reforçou que o não-andamento dos projetos impede o setor de repassar os financiamentos bancários para os compradores, implicando no pagamento de juros extra. Ele espera uma solução, em breve, para resolver o impasse.

Além de prédios comerciais e residenciais, obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 também foram afetados pela paralisação, além de empreendimentos das Secretarias do Planejamento, de Obras e Viação (Smov) e do Meio Ambiente (Smam) e dos Departamentos de Esgotos Pluviais (DEP), de Água e Esgotos (Dmae) e da Habitação (Demhab).

Os técnicos-científicos exigem uma gratificação de responsabilidade de R$ 3,5 mil, igual à que é paga aos fazendários e aos procuradores jurídicos do município. Segundo o Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul (Senge-RS), as negociações entre a categoria e a prefeitura devem ser retomadas, ainda nesta semana.

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