Ministério da Justiça vai investigar atuação ilegal de médicos uruguaios em hospitais da fronteira gaúcha


O Ministério da Justiça determinou que a Polícia de Imigração investigue a atuação ilegal de médicos formados no Uruguai em serviços de saúde pública na fronteira gaúcha. A medida decorre de uma denúncia do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) apontando que parte das contratações não atende às exigências da legislação brasileira.

No ano passado, a prática de contratar uruguaios para suprir a falta de médicos foi reativada por prefeitos, como o de Santa Vitória do Palmar. A reportagem contatou o prefeito Claudio Fernando Bayer Pereira, que não retornou os pedidos de entrevista. Casos suspeitos foram registrados, também, em Santana do Livramento, Uruguaiana, Quaraí, Jaguarão e Bagé. A Polícia Federal foi acionada para investigar a veracidade das denúncias.

De acordo com o presidente do Simers, Paulo de Argollo Mendes, a contratação de estrangeiros sem habilitação para exercer a medicina no Brasil é prejudicial à população e aos médicos brasileiros. "É muito mais barato contratar um pessoa que se diz médico, do que um médico diplomado e com habilitação para trabalhar no território brasileiro", reforçou.

Para exercer a Medicina no Brasil, é preciso que o profissional estrangeiro revalide o diploma obtido no Exterior em uma instituição de ensino pública nacional e se registre no conselho de classe, no estado onde for trabalhar.

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