Libertadores 2011: entre zebras e campeões


Entre zebras e surpresas, a Taça Libertadores da América, edição 2011, é uma das mais imprevisíveis dos últimos anos. A competição Sul-Americana é a mais traiçoeira do mundo e este ano é uma prova de que a melhor campanha nem sempre vale pra alguma coisa. Dois oito classificados para as quartas de final, somente três equipes venceram seus grupos na primeira fase. Favoritos ao título como Internacional, Cruzeiro, Grêmio, Estudiantes e LDU foram eliminados de forma surpreendente nas oitavas de final.

O caso mais emblemático, talvez, seja o do Cruzeiro. De melhor campanha na primeira fase e futebol de luxo, o time treinado por Cuca nada mais fez do que seguir sua própria briografia (e a de seu técnico) de na hora H sempre falhar. Perdeu em casa para o fraco Once Caldas, da Colômbia, e deu adeus à chance do Tri campeonato. Falando em dar adeus, o Inter ficou pelo caminho em sua busca por pinta a América de vermelho pela terceira vez. O time do fidalgo Falcão perdeu de virada, em uma Beira-Rio lotado, e viu o Peñarol passar adiante. Faltou, além de futebol, vibração para o time colorado. O técnico errou nas substituições e na insistência em um esquema tático com apenas um atacante.

E o Grêmio, hein. O que falar do pobre time montado pela direção e entregue a Renato Portaluppi ? Perdeu a classificação em pleno Olímpico e foi para o jogo decisivo, no Chile contra o Universidad Católica, com Lins e Viçosa no ataque. Não deu outra, perdeu o jogo e deflagrou fortes questionamentos sobre a qualidade do plantel gremista. Muitos reforços terão que ser contratados e a lista de dispensa preenche mais de uma lauda de word fácil, fácil. Do episódio Ronaldinho à saída de Jonas, o Tricolor versão 2011 foi um acúmulado de erros da direção, do técnico e dos jogadores.

Agora, a Libertadores segue entre zebras e times tradicionais nem tão em alta. O Santos pariu uma bigorna para se classificar e, agora, disputa com Peñarol, Velez e Libertad o favoritismo na luta pela Copa. Do outro lado, as zebras Jaguares, Cerro, U.Católica e Once Caldas duelam para dar um novo colorido á América. Não vou me surpreender se U.Católica e Jaguares fizerem a final da Libertadores deste ano. Na competição mais traiçoeira do mundo, ter melhor campanha nunca foi tão perigoso.

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