Justiça acolhe denúncia e três viram réus no caso de arapongagem na Casa Militar
A Justiça de Canoas aceitou a denúncia do Ministério Público e converteu em réus, nesta quinta-feira, três suspeitos de acessar de forma indevida, na Casa Militar do governo do Estado, dados sigilosos do Sistema de Consultas Integradas da Secretaria da Segurança Pública. O caso, que ficou conhecido como "arapongagem", teve como denunciados o sargento da Brigada Militar César Rodrigues de Carvalho; o tenente-coronel da reserva da BM Frederico Bretschneider Filho, e o ex-chefe de gabinete de Yeda Crusius, Ricardo Lied.
O juiz da 3ª Vara Criminal de Canoas determinou, ainda, a manutenção do sigilo do processo. O caso foi revelado em setembro de 2010, depois de investigações do Ministério Público de Canoas comandadas pelo promotor Amilcar Macedo. Em janeiro de 2011, o promotor denunciou o trio por acesso ilegal ao sistema de Consultas Integradas.
Um dos réus no processo confirmou, no início da noite, que vai recorrer da decisão. Ricardo Lied afirmou que o MP tentou transformá-lo em um bode expiatório que, agora, finalmente, a justiça deve aparecer.
De acordo com a denúncia, o esquema envolveu recebimento de propina, contravenção e espionagem. O MP apurou que o sargento Rodrigues acessava dados restritos de políticos, jornalistas, advogados, delegados de polícia e também de oficiais da BM. O Ministério Público (MP) de Canoas denunciou Rodrigues por crime de concussão, por exigir propina. Já Lied e o tenente-coronel da reserva foram denunciados por crime de violação de sigilo funcional, por terem usado os cargos para obter informações privilegiadas.
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