Greve dos terceirizados da Oi já é a mais longa do setor de telefonia no RS

De acordo com o Sindicato dos Telefônicos do Rio Grande do Sul (Sinttel), a greve dos terceirizados da operadora Oi se tornou, nesta quinta-feira, a maior da história da categoria em território gaúcho. A paralisação, que completou 21 dias, não tem prazo para terminar. Até hoje, a greve mais longa havia sido registrada, em 1989, quando servidores da antiga Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT) cruzaram os braços por três semanas.

O sindicato estimou que o número de serviços de manutenção pendentes ultrapasse os 255 mil em território gaúcho. A greve prejudica usuários da Oi que não conseguem agendar reparos em linhas de telefone fixo e móvel, instalações de internet, mudanças de endereço e até consertos de orelhão.

Moradores do bairro Ponta Grossa, na zona Sul, de Porto Alegre, sentem os prejuízos do protesto. O comerciante Marcelo Silva de Oliveira, de 42 anos, relatou que, na sexta-feira, um caminhão entrou na rua Hygino Russi Lima e arrebentou fios telefônicos instalados em um poste. Desde então, ele segue sem telefone.

Revoltada, a dona de casa Ana Regina dos Santos Bressane, de 57 anos, também moradora da região, disse que o mínimo que esperava, como consumidora, era um conserto em até 48 horas.

O impasse entre a RM Cearense, terceirizada pela Oi, e os trabalhadores passa por mais uma rodada de negociações nesta sexta-feira. A companhia oferece 6,31% de reajuste, R$ 10 de ticket alimentação (que hoje é de R$ 9) e cesta básica de R$ 57. O sindicato quer 11% de aumento para oito horas de jornada diárias, R$ 15 de vale-refeição e R$ 70 de cesta básica.

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