Superlotação das emergências do SUS bate recorde em Porto Alegre


A reportagem da Rádio Guaíba percorreu, nessa tarde, as principais emergências hospitalares que atendem pelo SUS em Porto Alegre. A situação encontrada foi caótica devido a superlotação das instituições. Em alguns casos, as emergências atendiam com o quadrúplo de sua capacidade. De acordo com o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), o nível de superlotação hoje bateu recorde dos últimos 12 meses.

A aposentada Wanda Menezes, de 63 anos, chegou, nesta terça-feira, ao Hospital de Clínicas por volta de 13h. Ela trouxe a filha, com forte dores no estômago. A previsão de atendimento é para as 20h. "A gente fica impotente diante disso. Eu pago a minha vida inteira para ter um serviço descente e quando precisamos é este caos, esse desrespeito". relatou a aposentada.

A situação não é diferentes em outros locais. A maior emergência do Sul do País, no Hospital Conceição, está operando com mais de quatro vezes da sua capacidades. O setor atingiu a marca de 162 pacientes para 50 leitos, ou seja, 224% acima da capacidade. Nos demais hospitais, a superlotação se repete: Clínicas – são 149 pessoas para 49 leitos (204%), São Lucas da PUC são 41 para 15 vagas (173%), Instituto Cardiologia são 29 para 10 vagas (190%) e no Hospital Santa Clara (Santa Casa) são 26 enfermos para 12 leitos (116%).

Todas as instituições de saúde orientam que só pacientes com casos graves procurem as emergências do SUS. O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) disse que há risco de que vidas deixem de ser salvas, e o que os direitos humanos dos pacientes e dos profissionais de saúde estão sendo violados.

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