Entidade que abriga crianças do Vale do Paranhana fechará as portas no fim do mês


A Associação de Proteção à Maternidade e à Infância (Apromin) de Taquara, que há 69 anos cuida de crianças abandonadas da região do Vale do Paranhana, vai fechar as portas. De acordo com a diretora da instituição, a entidade sobrevivia graças ao recebimento extra de dívidas parceladas das prefeituras, que, em sua maioria, foram saldadas no fim de 2010. Cláudia Di Crespo confirmou que a Apromin não tem mais como arcar com as despesas, geradas pelo atendimento de 42 crianças, apenas com o dinheiro que é repassado pela prefeitura de Taquara e das cidades conveniadas.

De acordo com Cláudia, atualmente os municípios repassam pouco mais de um salário mínimo por criança abrigada na instituição. Ela avalia, ainda, que nos últimos anos houve queda significativa no número de crianças mantidas na instituição, que já chegou a ter mais de 100 abrigados. Até 30 de março, 20 crianças terão que ser encaminhadas de volta aos municípios do Vale do Paranhana conveniados com a instituição. As outras 22 terão que ser encaminhadas pelo município de Taquara para outro abrigo. A Apromin atende crianças de 0 a 12 anos em situação de risco.

Na próxima sexta-feira, reunião entre direção da instituição, Juizado da Infância e da Juventude de Taquara e Prefeitura Municipal deve definir o destino das crianças. A comunidade pressiona para que o Executivo assuma a instituição e os abrigados não tenham que sair de seu lar.

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