Após impasse de quatro meses, pescadores e surfistas chegam a acordo sobre áreas de pesca no Litoral Norte


Após cerca de quatro meses de impasse, pescadores e surfistas chegaram a acordo sobre a utilização de áreas de pesca, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Conforme o promotor de Justiça Daniel Martini, todos os municípios da orla gaúcha irão se adequar à lei estadual sancionada no início do ano que estabelece limite mínimo para demarcação da área de surfe de 2,1 quilômetros.

Com isso, segundo o promotor, as áreas para surfe ficaram maiores e mais seguras, sem prejuízos aos pescadores. Ainda não foram definidas as maneiras de indenização para os pescadores que não puderam trabalhar durante o veraneio. Além disso, linhas de crédito para a compra de equipamentos precisam ser implantadas.

O MP recomendará às prefeituras a adequação das placas e indicações nas proximidades da orla, inclusive nas vias de acesso à praia. No município de Xangri-lá está em processo de licitação a aquisição de boias para implantar a sinalização das áreas no mar, que foi tema das negociações e reivindicação de surfistas, por facilitar a visualização. O projeto deverá servir de modelo para outras praias.

A discussão sobre o tema começou, em novembro de 2010, após o surfista Tiago Rufato, de 18 anos, morrer ao ficar preso em rede de pesca, em Capão da Canoa, no Litoral Norte.

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