Após encontro com o Governo, sem-terra devem deixar fazenda em São Borja amanhã


As cerca de 400 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) devem começar a deixar a Fazenda Palermo, em São Borja, amanhã pela manhã. Após encontro com comitiva do Governo do Estado, os manifestantes receberam a garantia de que a área, de mais de mil hectares, será desapropriada e as 54 famílias acampadas na região serão assentadas. Porém, o Estado quer primeiro que os trabalhadores deixem a região para continuar a negociação da compra da área com os proprietários.

A comitiva formada pelos secretários estaduais de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Ivar Pavan, e de Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, além do procurador do Estado, Carlos César D'Eli, e do comandante geral da Brigada Militar, tenente-coronel Sérgio Roberto de Abreu, chegou por volta das 10h à localidade de Rincão Mercedes e concluiu a negociação para a saída das famílias às 16h30. Algumas famílias já começaram a retirada, porém, a maioria sairá amanhã de manhã.

Apesar da negociação com o Governo, os trabalhadores afirmam que se em quatro dias não forem apresentadas garantias para o assentamento das famílias, eles voltarão a ocupar a área. O impasse em relação à Fazenda Palermo existe desde o governo Olívio, em 1999, quando foi iniciada a negociação com os proprietários. Desde a desapropriação de parte da Fazenda Southall em São Gabriel, na Fronteira Oeste, em 2008, nenhuma família sem-terra foi assentada no Rio Grande do Sul.

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