Ações do MST durante o "abril vermelho" no Estado serão definidas ao longo das negociações


O "abril vermelho", movimento de mobilização nacional do MST, começa amanhã em todo o Brasil. No Rio Grande do Sul, as ações vão depender do andamento das negociações em torno das exigências dos trabalhadores rurais sem-terra. O mês é determinado pelo MST como o de ocupações de propriedades em todo o Brasil para forçar o governo a ampliar as desapropriações para a reforma agrária. No Estado, a principal reivindicação é o assentamento de cerca de mil famílias que vivem à beira de estradas.

Na manhã desta quinta-feira, grupo de 400 famílias ligadas ao MST partiu a pé de Palmeira das Missões em direção a Carazinho, no norte do Estado. No início da tarde de hoje, a marcha seguiu para o município de Novo Barreiro, a aproximadamente 22 Km de Palmeira das Missões. O grupo passará a noite em um salão paroquial cedido pela comunidade. Na manhã de sexta-feira, as famílias sem-terra devem retomar a marcha para a cidade de Barra Funda onde deverão ficar, no fim de semana, no ginásio municipal. Na segunda-feira, será retomada a caminhada.

Os sem-terra tem como destino Carazinho porque foi na cidade, em 2007, que o MST parou as duas colunas de marcha em atendimento a um Termo de Ajustamento de Conduta junto ao Ministério Público Federal feito entre o movimento e o governo federal. A União, no entanto, se comprometia a assentar as mil famílias acampadas no Rio Grande do Sul em um ano, o que não ocorreu. O governo do Estado sinalizou que irá desapropriar a Fazenda Palermo para a reforma agrária, mas o MST considera a medida insuficiente, já que apenas 54 famílias poderiam ser assentadas no local.

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