Ex-servidores da Ulbra terão de buscar na Justiça dinheiro da rescisão

Os cerca de 300 ex-funcionários da Ulbra só poderão receber pela via judicial o dinheiro referente à rescisão dos contratos de trabalho com a instituição. Os servidores já tentaram protocolar, na Delegacia Regional do Trabalho de Canoas, um abaixo-assinado para receber o ressarcimento de forma parcelada, como ofereceu a Ulbra. A DRT se negou a receber o documento alegando que a legislação trabalhista proíbe o parcelamento de rescisão de vínculo empregatício. Os trabalhadores atuavam nos hospitais Luterano, Independência e Universitário.

Contrário ao parcelamento, o presidente do Sindisaúde, Gilmar França, negou ter recebido uma proposta formal por parte da Ulbra. As partes estiveram reunidas, em dezembro do ano passado, na Superintendência Regional do Trabalho, para tratar das demissões de 650 profissionais, já que a Ulbra transferiu a gestão das instituições.

A auxiliar administrativa Édila Chervenski explicou que os servidores discordam do próprio sindicato e querem, ao menos, dar crédito à Ulbra, para que a instituição cumpra com o compromisso de quitar a dívida, em vez de ingressar com processo judicial que pode levar anos para ser decidido.

O vice-reitor da universidade, Valter Kuchenbecker, encaminhou à reportagem a cópia de uma proposta, que garantiu ter entregue ao presidente do Sindisaúde. No texto, a universidade se compromete a pagar as verbas rescisórias dos empregados “de forma parcelada, garantindo o valor do salário mensal líquido de cada empregado até a sua quitação total”. O início dos pagamentos era previsto para esta terça-feira.

Amanhã, o Sindisaúde promove uma manifestação, em frente à Prefeitura de Canoas, contra o não pagamento das rescisões.

Comentários

Postagens mais visitadas