Empresas de ônibus da Capital pedem que passagem suba para R$ 2,81


O Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa) protocolou, nesta tarde, um pedido de 14,69% de reajuste nas tarifas do transporte coletivo na cidade. Se for aprovado, o aumento pode fazer com que o preço da passagem suba de R$ 2,45 para R$ 2,81. O pedido precisa ainda ser aprovado no Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu). O último aumento havia sido de 6,5%, em fevereiro de 2010.

O Sindicato sustenta que, de acordo com a lei que rege a matéria, as empresas podem solicitar reajuste a cada revisão do dissídio coletivo dos rodoviários. Ontem, a categoria aceitou, em uma assembleia que terminou em confusão, um aumento de 8% nos salários, a partir de 1º de fevereiro. Funcionários dissidentes da Carris, que pediam 15%, não descartaram seguir protestando. Na manhã de quarta, um protesto dos rodoviários deixou milhares de usuários da Viação Alto Petrópolis sem ônibus na zona Leste da Capital e no bairro Índio Jari, em Viamão.

O Seopa justificou, ainda, que desde o último reajuste da tarifa, os insumos como pneus, oléos lubrificantes e as correcerias tiveram aumento acima de 15%. Os serviços terceirizados de manutenção e reparo dos ônibus também sofreram alta nos preços, alegou o sindicato. O Seopa adverte, ainda, que a passagem integrada, o número de isentos e as pessoas que pagam só metade da tarifa acabam prejudicando a arrecadação.

Estudantes já organizam no twitter (@naoaumentapoa) para protestar contra o aumento da passagem. Cartazes já foram espalhados pela cidade e a mobilização deve ser integrada entre representantes do DCE da Urfgs, UNE, CUT e demais entidades estudantis.

Se o reajuste for aprovado, Porto Alegre pode passar a ter uma das passagens mais caras de ônibus do País, atrás apenas de São Paulo e do Distrito Federal, onde os bilhetes custam R$ 3.

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