Bom Jesus é a região com menor procura para o projeto Mulheres da Paz
Mais de 320 portoalegrenses já se inscreveram para trabalhar no projeto Mulheres da Paz, a ser implementado nos quatro pontos com maior índice de violência da Capital. O objetivo é selecionar 80 mulheres para atuar em cada um dos quatro Territórios da Paz a serem instalados na cidade pelo Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), cujo investimento previsto é de R$ 850 mil. Nas vilas Bom Jesus e Cruzeiro, a procura ainda fica abaixo do esperado.
De acordo com o secretário de Direitos Humanos e Segurança Urbana da Capital, parte dos moradores foi resistentes ao projeto, em um primeiro momento. Nereu D'Ávila revelou que um carro da secretaria chegou a ser apedrejado, na Bom Jesus, em dezembro de 2010, por supostos traficantes. Ele garante, porém, que a situação já se normalizou nas duas comunidades.
O projeto, que pretende criar Territórios de Paz também na Lomba do Pinheiro e na Restinga, prorrogou até 14 de janeiro as inscrições para o Mulheres da Paz, já que, até agora, há praticamente uma candidata por vaga.
A previsão é de que as selecionadas comecem a trabalhar nas comunidades em março. A Cooperativa das Assistentes Sociais (Coopas) de Porto Alegre venceu a licitação para ministrar os cursos de capacitação. O objetivo é preparar as mulheres para que atuem na prevenção da violência nos quatro territórios escolhidos, promovendo o resgate de jovens de 15 a 24 anos em situação de risco.
Para serem selecionadas, as candidatas devem ter renda familiar de até dois salários minímos, liderança e inserção na comunidade. O valor da bolsa auxílio é de R$ 190 mensais, para 20 horas de trabalho por semana.
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