Ministério do Trabalho garante que novo sistema não impede acesso ao seguro-desemprego


Um representante do Ministério do Trabalho garantiu, nesta tarde, em Porto Alegre, que os trabalhadores que optarem por seguir recebendo o seguro-desemprego, em vez de serem reencaminhados ao mercado de trabalho, não terão o acesso impedido ao benefício. Após a instalação do software 'Mais Emprego' nas agências do Sistema Nacional do Emprego (Sine), usuários reclamaram de ficou mais difícil receber a verba temporária. Outra reclamação foi a demora no atendimento, devido à lentidão do sistema, implantado no início do mês.

De acordo com o coordenador-geral do Seguro-Desemprego no Ministério, o sistema ainda deve ser aprimorado, com a ampliação das categorias profissionais em que os trabalhadores podem se encaixar, e maior agilidade no cruzamento dos dados de vagas disponíveis e perfis dos candidatos. Márcio Alves Borges sustenta que a intenção é criar uma nova cultura, de primeiro oferecer o emprego e só depois o benefício. "Se o trabalhador quiser ficar em casa durante o período em que está desempregado, é uma escolha dele", declarou Borges.

O coordenador afirmou, também, que outra meta do novo sistema é combater a informalidade - trabalhadores que recebem o benefício, mas continuam trabalhando sem carteira assinada. Com o novo sistema, o trabalhador que procurar as agências do Sine e solicitar o seguro-desemprego é, antes, encaminhado para uma vaga disponível no mercado. Se o primeiro empregador não quiser contratá-lo, ele recebe o seguro. Se for aceito, mas não quiser a vaga, é dirigido para uma segunda vaga. Caso na terceira tentativa o desempregado não for efetivado por escolha própria, o seguro-desemprego é bloqueado pelo sistema.

Desde a implantação do novo sistema, no Rio Grande do Sul, em seis de dezembro, foram encaminhados mais de 16,4 mil requerimentos de seguro-desemprego. Outras 4,2 mil pessoas encaminharam pedidos de emprego e, destas, 745 voltaram para o mercado de trabalho.

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