Fepam prevê alta na mortandade de peixes em todo o Estado com a volta da estiagem


A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) prevê aumento nos casos de mortandade de peixes em de todo o Rio Grande do Sul, com a volta do período de estiagem. De acordo com o assessor da presidência da Fepam, a falta de tratamento do esgoto despejado nos rios e arroios do Estado é a principal causa das ocorrências. Mauro Moura reforçou que a combinação de calor, falta de chuva, acúmulo de lixo e não-tratamento dos resíduos é fatal para a fauna dos rios. Moura alertou, ainda, que o Rio Grande do Sul tem um dos piores sistemas de drenagem de esgoto do Brasil.

As águas localizadas no entorno de regiões com alta industrialização são os principais pontos de preocupação da Fepam. Desde agosto, foram registrados pelo menos cinco casos de mortandade de peixes em função da grande quantidade de esgoto acumulado em rios gaúchos. Em Canoas, mais de 4 mil foram encontrados mortos em um local conhecido como Valão da rua Curitiba, no bairro Mathias Velho. Uma mancha de óleo encontrada, em meio ao lixo acumulado, contribuiu para a redução do oxigênio da água.

Em Gravataí, a mortandade de centenas de peixes foi provocada pelo lançamento de esgotos não tratados no rio e pelo acúmulo de lixo nas margens. Outros casos também foram registrados na Lagoa dos Patos, em Pelotas e, neste final de semana, no Arroio Schmidt, em Sapiranga. Neste último caso, mais de cem peixes foram encontrados mortos devido ao acúmulo de lixo e à baixa quantidade de água.

Já sobre o caso de produtos químicos despejados no rio do Sinos no último dia dez - o que provocou a morte de mais de dez mil peixes -, o dirigente reconheceu que a maior dificuldade é identificar os autores deste tipo de crime. Mauro Moura garante que as indústrias trabalham sob forte fiscalização, mas admite que é praticamente impossível flagrar casos de despejo clandestino de lixo.

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