Médicos residentes entram em greve amanhã em todo o Estado


Os médicos residentes gaúchos seguem indicativo nacional de greve e paralisam, a partir de amanhã, em todo o Estado. Cerca de 2,4 mil trabalham nos serviços ligados aos Sistema Único de Saúde (SUS). O presidente da Associação dos Médicos Residentes garante que a população não vai ser prejudicada. Nívio Moreira confirmou que vai ser mantido um efetivo mínimo de 30% dos residentes atendendo nos setores de emergência, urgência e UTI. No restante da áreas, o serviço fica suspenso. No Brasil, há 22 mil médicos residentes atuando no SUS.

Os hospitais da Capital mais prejudicados pela greve dos médicos residentes devem ser o Conceição, Hospital de Clínicas, o Presidente Vargas e o Hospital de Pronto Socorro (HPS). A categoria pede reajuste de 38,7% na bolsa-auxílio, congelada desde 2006, em R$ 1.916,45. O impasse começou em abril e, desde então, as negociações com os ministérios da Saúde e da Educação não avançaram. O governo oferece 17% de reajuste, valor considerado baixo pelos residentes. Eles reclaram, ainda, do não pagamento de 23% do acordo firmando na última greve, em 2006.

Segundo o presidente da categoria, um grupo de manifestantes vai se reunir nesta terça-feira, às 10h, em frente ao Hospital de Clínicas, para explicar à população os motivos da greve. Eles querem, ainda, o pagamento de auxílio-moradia, auxílio-alimentação e adicional de insalubridade, além de reajuste anual, instituição da 13ª bolsa-auxílio e aumento da licença-maternidade, de quatro para seis meses. Moreira afirmou que os médicos residentes querem o aumento, também, para o investir em livros, cursos e conhecimento em geral no desempenho das funções.

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