Mais de cem empresas gaúchas já foram vítimas do "golpe por fax"


Dezenas de empresas tem recorrido ao Procon de Porto Alegre para registrar queixa contra mais um tipo de golpe aplicado pelos estelionatários. Os criminosos agem fazendo uma ligação telefônica à empresa solicitando dados para atualizar uma suposta lista telefônica. Após o primeiro contato, o golpista remete à vítima um fax para a confirmação de dados e pede o nome do responsável e número do CNPJ da empresa. Passados cerca de 30 dias do envio da resposta, a vítima recebe um boleto de cobrança bancária, referente a um contrato de prestação de serviços, informando que a fatura configura, na verdade, um serviço de publicidade em sites.

De acordo com o coordenador de atendimento do Procon da Capital, Roberval Ferreira Barros, mais de cem empresas da cidade já foram vítimas do golpe desde 2008, incluindo shopping centers, escritórios de advocacia e contabilidade, supermercados e lojas de roupas. Segundo Barros, a preocupação dos empresários gaúchos em manter o nome limpo na praça é um atrativo para os golpistas. Todas as empresas responsáveis pelo crime possuem sede em São Paulo - a maioria, de fachada.

O Procon adverte que, antes de assinar qualquer documento, é preciso ler e entender o que está escrito. Ao perceber que foi vítima do golpe, a recomendação é a de que a pessoa envie um novo fax cancelando o suposto serviço contratado e procure o orgão de defesa do consumidor. Apesar das ameaças das empresas que aplicam o golpe, de que vão inserir a empresa no SPC, até o momento nenhum registro foi constatado.

Nesta semana, o Hospital de Pronto Socorro (HPS) foi vítima da ação. A administração do HPS recebeu um fax de uma empresa paulista de anúncios da Internet. Uma servidora da administração reenviou o fax recebido com os dados do Hospital. A fraude foi constatada quando a administração percebeu que o HPS estava comprometido com o pagamento de R$ 2,4 mil com uma suposta lista de classificados.

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