Greve dos médicos do INSS deixa segurados sem perícia, pelo menos, até dezembro


A greve dos médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) completou, hoje, dois meses em todo o Brasil. No Rio Grande do Sul, o segurado só consegue consultas para o pedido de auxílio-doença a partir de dezembro, conforme a vice-presidente da Associação dos Médicos Peritos do INSS no Estado. Clarissa Bassin disse que a greve deflagrou a má administração da Previdência nacional e criticou o fato de o governo não acenar com melhorias na proposta para atender às reinvindicações da categoria.

A dirigente afirmou, ainda, que a única conquista foi a decisão judicial que livrou de punição os médicos peritos que não cumpriam a agenda de 24 consultas no prazo de seis horas. Para a categoria, a agenda é cansativa e desgastante, além de não levar em conta a complexidade de cada atendimento. O Tribunal de Justiça já considerou a greve legal. Na quinta-feira, uma nova assembléia em Brasília tenta por fim ao impasse.

A pauta de reivindicações da categoria pede a redução da carga horária dos peritos, para seis horas diárias, a adequação das agências de atendimento, inclusive com a adaptação dos consultórios para a atividade e o respeito ao mínimo de 20 minutos por perícia. Além disso, a categoria exige condições para que o trabalho seja exercido com segurança.

Nessa tarde, o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, disse hoje (23), no Rio, que espera acabar com a greve dos médicos peritos do INSS em até 15 dias, mas que a paralisação não tem data definida para terminar. Em todo o País, a greve dos peritos já provoca atraso de 400 mil perícias.

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