Empresa gaúcha garante ter sido vítima de golpe na compra de lixo apreendido em Rio Grande


A empresa gaúcha que importou as 22 toneladas de lixo doméstico encontradas, em 3 de agosto, pela Receita Federal no Porto de Rio Grande garante ter sido vítima de golpe. De acordo com o advogado da Recoplast Recuperação e Comércio de Plástico, Luiz Gustavo Puperi, a firma havia comprado resíduos de plástico limpos, e não o material que foi entregue. Ele sustenta que a companhia, de Esteio, foi lesada por um intermeditário que negociou a compra dos resíduos da empresa chinesa Dashan, de Hong Kong.

A Recoplast foi notificada pelo Ibama e vai recorrer, em 20 dias, do pagamento de uma multa de R$ 400 mil. Já a transportadora chinesa Hanjin Shipping foi multada em R$ 1,5 milhão, além de ter sido notificada a devolver o lixo à Alemanha em até dez dias, a contar do dia 13. Segundo a superintendência do Ibama no Rio Grande do Sul, até o momento, a empresa não se manifestou. O material estava em um contêiner vindo da Alemanha, com descrição de resíduo plástico industrial para reciclagem, e saiu do Porto de Hamburgo de forma irregular.

A Convenção de Basileia, assinada em 1988 por 170 governos, incluindo os do Brasil e da Alemanha, não permite o trânsito de lixo doméstico entre os países. Situação semelhante já havia acontecido em 2009, quando o Ibama interceptou 1,4 mil toneladas de lixo doméstico vindo da Inglaterra nos portos de Santos, Rio Grande e Porto Seco de Caxias do Sul.

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