Pré-candidatos ao Piratini apostam no Twitter para se comunicar com eleitores


As eleições de 2010 ganharam um novo, rápido e fácil meio de comunicação entre políticos e eleitores. O Twitter, rede social que permite aos usuários enviar e receber atualizações pessoais de outros contatos em textos de até 140 caracteres, promete ser uma das principais ferramentas usadas pelos candidatos para exporem ideias e se comunicarem com eleitores, jornalistas e público interresado em política.

No Rio Grande do Sul, a disputa via Twitter já começou. Tarso Genro, do PT, e Yeda Crusius, do PSDB, se mostram, até agora, os twitteiros mais habituais. O petista tem cerca de 4,6 mil usuários que o seguem. Já a governadora tem 2,7 mil seguidores. Yeda foi até agora a que mais postou, com quase dois mil 'tweets'. Ela mesma escreve os pequenos textos com informações sobre o governo e comentários sobre, por exemplo, a participação do Brasil na Copa do Mundo. As postagens costumam ser feitas de um computador comum, em maioria, no início da tarde e à noite. Um perfil falso com o nome de Yeda também está na rede. Tarso Genro, por outro lado, é um twitteiro mais eventual e prefere usar um Iphone para escrever. As 185 postagens foram feitas, em maioria, do celular, destacando compromissos políticos e divulgando o site oficial de campanha. Tarso segue 58 pessoas e Yeda 289.

Outros dois pré candidatos ao Palácio Piratini também possuem perfis no site de relacionamento. Pedro Ruas, do PSOL, tem 748 seguidores e segue 832. Em geral, as postagens mostram links para matérias relacionadas à candidatura e também da colega de partido, Luciana Genro. A agenda de Ruas em compromissos políticos e pessoais é amplamente divulgada. Já o candidato do PV, Montserrat Martins, tem 55 seguidores e não é, por enquanto, um twitteiro frequente.

Em geral, os candidatos seguem aliados e inimigos políticos, jornalistas e portais de notícias. O pré-candidato ao Palácio Piratini pelo PMDB, José Fogaça, é o único que não tem perfil no microblog. De acordo com a assessoria, Fogaça deve lançar um twitter oficial nas próximas semanas. Os dois perfis atribuidos a ele foram forjados, segundo os assessores.

O professor de Ciência Política Paulo Moura, defende que os políticos twitteiros entendam que as redes sociais não servem como meio de comunicação e, sim, de relacionamento. Ele citou os três pecados mais comuns cometidos pelos candidatos twitteiros. "Primeiro: eles não devem apenas utilizar o Twitter em época de campanha eleitoral, pois não criam uma relação com os internautas. Segundo: precisam entender que o site é uma rede de relacionamentos e não espaço para divulgação simples. E terceiro: precisam interagir com os internautas e manter o perfil atualizado". destacou.

O Twitter foi criado, em 2006, pelo desenvolvedor de softwares Jack Dorsey. O serviço é gratuito pela Internet, entretanto, é cobrando quando usado via celular. O site ficou mundialmente famoso por ser uma das plataformas de interação do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, com os futuros eleitores.

Otto Herok Netto

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