Atentados em alojamentos da Arena do Grêmio foram cometidos com o uso de gasolina

A Polícia Civil concluiu que houve uso de gasolina para iniciar o incêndio criminoso em pelo menos um dos dois alojamentos de operários das obras da Arena do Grêmio, na noite de dois de outubro, na zona Norte da Capital. Segundo o delegado Flávio Conrado, titular da 4ª DP de Porto Alegre, o laudo do outro alojamento incendiado ainda precisa ser concluído para que o inquérito seja finalizado.

Os dois suspeitos identificados, ambos operários do canteiro de obras, cometeram o crime embriagados, completou o delegado. O atentado foi uma suposta represália à morte de um colega em função da falta de segurança no entorno dos alojamentos, instalados um de cada lado da BR 290 (FreeWay). Na noite de domingo, José Elias Machado morreu atropelado por uma caminhonete ao tentar atravessar a estrada. Instantes depois houve o primeiro incêndio. Na madrugada de segunda-feira, ocorreu o segundo caso.

Os prejuízos com o incêndio ultrapassaram os R$ 4 milhões. Cerca de 500 trabalhadores perderam documentos, roupas e outros pertences com o fogo. Ambos os suspeitos foram demitidos pela construtora OAS, responsável pelas obras do estádio.