Operação Cartola: oposição em Parobé consegue votos para protocolar CPI


A Câmara de Vereadores de Parobé, no Vale do Paranhana, pode instaurar CPI para investigar as denúncias de desvio de dinheiro público apontadas na Operação Cartola. A oposição conseguiu os quatros votos necessários para que o pedido seja protocolado. Para que a investigação comece, porém, é preciso que a que pelo menos seis dos dez vereadores aprove o pedido, em uma sessão marcada para as 19h desta terça-feira.

De acordo com a vereadora oposicionista Marizete Pinheiro (PMDB), a CPI pretende investigar possíveis fraudes em licitações, compras superfaturadas e gastos superiores a R$ 2 milhões com a empresa de publicidade investigada pela Polícia Civil. Ela garante que já havia solicitado ao Executivo Municipal explicações sobre o fato de as licitações do município terem sempre a mesma empresa vencedora, desde 2008.

A prefeita de Parobé, Gilda Kirsch (PTB), foi a única das oito prefeituras investigadas que não rompeu contrato com a PPG Comunicações. Ela sustenta que a empresa foi contratada através de uma concorrência pública, fiscalizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Em Alvorada e Canela, a oposição também quer criar CPIs depois de deflagrada a Operação Cartola. Em Viamão, o pedido foi rejeitado. O trabalho investigou irregularidades em contratos de oito prefeituras, avaliados em cerca de R$ 30 milhões. De acordo com a Polícia Civil, a empresa de publicidade pagava propina para funcionários públicos para vencer as licitações e subcontratar serviços superfaturados, sempre com as mesmas fornecedoras. Segundo a investigação, as empresas recebiam a mais pelo serviço ou não executavam o previsto no contrato.

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