Morte de aluno expõe falta de viaturas para socorro médico em Santa Maria


A morte do estudante Nikolas Oliveira Dal Bosco, de 17 anos, nessa terça-feira, expôs a falta de viaturas disponíveis para resgate e salvamento em Santa Maria. De acordo com o responsável pelo 4º Comando Regional dos Bombeiros, tenente-coronel Moisés Fuchs, a população da cidade criou o hábito de chamar a corporação em situações similares à do garoto. O militar revelou que a equipe tem a orientação de, em casos como este, acionar a unidade de saúde mais próxima para prestar o socorro.

Os bombeiros dispõem de três viaturas de busca e resgate, usadas para ocorrências de menor complexidade, já que os soldados não têm a habilidade necessária para socorrer casos do tipo, segundo o comandante. Uma das viaturas de resgate estava na oficina, para o conserto das portas traseiras. Outra está sem os equipamentos necessários. A terceira viatura atendia outra ocorrência no momento em que os bombeiros foram chamados. O tenente-coronel Fuchs alegou, ainda, que o uso de viaturas dos bombeiros para atendimento médico provoca desgaste excessivo fazendo com que os veículos estraguem mais rápido. Não existe serviço de SAMU em Santa Maria.

Segundo o o diretor da escola estadual Cilon Rosa, onde Nikolas cursava o 2º ano do Ensino Médio, o estudante sofria da Síndrome de Marfan, um problema na artéria aorta, a principal do corpo humano. Em casos como este, a morte é fulminante e o tempo para socorro é pequeno. Uma ambulância da Unimed foi até a escola e transferiu o jovem para o Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo. A vítima, porém, ele não resistiu.

O estudante foi sepultado, nesta quarta, no Cemitério Ecumênico Municipal de Santa Maria.

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