Temporal provoca estragos em Porto Alegre, municípios da Região Metropolitana e no interior do RS


Os bombeiros de Porto Alegre receberam mais de 300 chamados em função do temporal, nesta segunda-feira. O sistema está congestionado e os oficiais afirmam não ter condições de passar informações mais precisas para a imprensa. Várias equipes seguem nas ruas atendendo especialmente a casos de quedas de árvores nas vias e sobre casas.

A queda de uma árvore destruiu uma casa recém construída na rua da Represa, no bairro São José, durante o temporal que atingiu Porto Alegre. Os moradores ainda não estavam residindo no local, que havia ficado pronto no domingo passado. A mobília também não tinha sido colocada dentro da residência.

O efetivo do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) foi mobilizado e compareceu ao local do incidente. Ainda assustadas com o barulho da queda da árvore, Adriana Bitencourt, 38 anos, junto com a filha de 9 anos, estavam provisoriamente na residência da mãe dela, no mesmo terreno, cercado por uma mata. “Ouvimos um estrondo”, relembrou, acrescentando que tudo agora vai ter de ser reconstruído.

Ela vai pedir que a Secretaria Municipal do Meio Ambiente realize um levantamento da situação das árvores na área, com o objetivo de evitar ocorrências parecidas. Em uma casa da Vila Farrapos, o telhado foi totalmente destruído pelo vento e vigas precisaram ser retiradas da estrutura pelos bombeiros. A Secretaria Municipal de Obras e Viação foi notificada e deve verificar o imóvel.

As chuvas e o vendaval dessa madrugada provocaram estragos em uma série de municípios da Região Metropolitana. Em Canoas, que vai decretar estado de calamidade pública, cerca de 150 casas foram destelhadas nos bairros Olaria e Estância Velha. Os ventos de mais de 90 km/h derrubaram árvores e postes de iluminação. A sede do Corpo de Bombeiros foi atingida e ficou sem luz.

Em Sapiranga, os bombeiros retiram, nessa tarde, uma árvore que caiu sobre um casa, na avenida Presidente Kennedy, no bairro São Luiz. Outras oito casas foram destelhadas na Rua Coelho Neto, no bairro Amaral Ribeiro. Ninguém ficou ferido.

Em Viamão, o vento destelhou um posto de gasolina e uma casa pegou fogo, no bairro Lomba do Sabão, após um fio de alta tensão ser atingido por uma árvore. Os moradores conseguiram sair a tempo e o prejuízo foi minímo.

Já em Alvorada, pelo menos 20 chamados foram registrados em decorrência da queda de árvores e fios de energia. Em Novo Hamburgo, Dois Irmãos e Montenegro houve registro de queda de árvores.

No interior do Estado, o temporal afetou também os Vales do Taquari e do Rio Pardo com danos menores. Em Santa Cruz do Sul, três casas foram atingidas no bairro Bom Jesus. Lajeado também registrou incidentes, mas sem feridos ou prejuizos. O forte vento que atingiu Santa Maria derrubou uma árvore sobre uma casa na avenida Osvaldo Cruz e destelhou outra na rua Augustinho Sangoi. No acesso ao município de Silveira Martins, o trânsito ficou em meia pista depois de dois postes quase caírem sobre a via.

Em Tramandaí, no litoral Norte, foram registradas as rajadas mais intensas em terrritório gaúcho. De acordo com a Metsul Meteorologia a velocidade do vento ultrapassou os 105 km/h. Postes de luz foram danificados e uma parada de ônibus chegou a ter a cobertura arrancada.

O prédio de uma fábrica desabou, nessa manhã, em Cachoeirinha devido à força do vento e da chuva. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a sede, que fica no Distrito Industrial do município, não resisitiu a força dos ventos. Os funcionários da empresa não haviam ido trabalhar devido às condições do tempo. O local foi isolado para vistoria dos Bombeiros, já que o proprietário espera um laudo para acionar o seguro.

Ainda em Cachoeirinha, cerca de 40 árvores caíram sobre casas, fiação elétrica e obstruíram ruas. Os problemas foram localizados especialmente nos bairros Marechal Rondon e Nova Cachoeirinha. Apesar dos incidentes, ninguém ficou ferido.

Comentários

Postagens mais visitadas