Catador de papéis invade calçada e constrange moradores no bairro Camaquã


Há cerca de três meses um morador de rua provoca constrangimento para quem vive nas imediações da esquina entre as ruas Professsor Joaquim Louzada e Doutor Pereira Neto, no bairro Camaquã, na zona Sul de Porto Alegre. De acordo com moradores que procuraram a Rádio Guaíba para fazer a denúncia, o homem montou uma casa de lona em plena calçada. A situação já é tão caótica que, além do mau cheiro, ratos e baratas se acumulam na região.

O morador Hélio Gonçalves Paim relatou que a barraca já tem seis metros de comprimento. Segundo ele, a Prefeitura e Brigada Militar já estiveram no local, mas não retiraram o morador. "Onde fica o nosso direito de ir e vir? Nós não podemos continuar convivendo com esta situação, as pessoas ficam constrangidas de passar", afirmou.

Contatada pela reportagem, a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) esteve no local nessa manhã. O homem, conhecido como João Carlos, disse que não querer ir para nenhum albergue e argumentou que está procurando um terreno para morar. Hoje, servidores do setor de abordagens da Fasc apoiados pela Guarda Municipal vão retirar a barraca e limpar a calçada.

De acordo com o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB gaúcha, Ricardo Breier, o direito do cidadão que mora na rua termina quando começa o das pessoas que vivem na região. Segundo ele, se for constatado que a presença do catador de lixo inibe a circulação das pessoas e causa problemas, como o acúmulo de animais peçonhentos, ele deve ser retirado pelo Poder Público.

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